quinta-feira, 14 de maio de 2020
A garota do rosa shocking
"Pretty in pink", de Howard Deutch (1986)
O ano de 1986 foi um ano de grandes sucessos para John Hughes, o papa do cinema adolescente. Ele lançou como diretor o clássico "Curtindo a vida adoidado", e como roteirista, outro clássico da comédia romântica, "A garota do rosa shocking". Essa foi a terceira e última parceria de John Hughes com a musa dos adolescentes, Molly Ringwald, que ele lançou ao estrelato em 1984 com "Gatinhas e gatões", e depois em 1985 com "O clube dos cinco". Em 1986 o sucesso de Molly era tão fulminante, que ela foi capa da revista Time.
Molly interpreta Andie, órfã de mãe e que mora com seu pai Jack ( o maravilhoso Harry Dean Stanton). Jack é desempregado e desde a morte de sua esposa se tornou depressivo. Andie segura a onda do pai, trabalhando em uma loja de discos. Duckie (Jon Cryer, em atuação inspirada e antológica), é o melhor amigo de Andie e secretamente a sua grande paixão. Andie é apaixonada por Blane (Andrew Maccarthy), seu colega de faculdade, um garoto rico. Outro que é apaixonado por ela é Steff (James Spader), que acha que com dinheiro pode comprar um namoro com Andie. Duckie sente ciúmes, mas não encontra coragem para dizer a Andie o quanto ele a ama.
Esse é um grande clássico do gênero, e sempre uma referência para quando se fala do universo adolescente em conflitos pessoais, amorosos e profissionais. John Hughes apenas escreveu o roteiro, deixando a direção para seu amigo Howard Deutch. Apesar do grande sucesso do filme, muitos espectadores ficaram revoltados com o final. A pressão e revolta foi tão grande, que Hughes e Deutch repetiram a parceria no ano seguinte com a comédia romântica 'Alguém muito especial", com uma trama semelhante e com um desfecho que satisfizesse o público.
A trilha sonora do filme é uma coletânea do melhor do rock indie da época. Os figurinos de Molly Ringwald e de Jon Cryer fizeram um estrondo no mundo da moda, sendo copiados no mundo inteiro. Esse filme , de verdade, é um grande registro de uma época, talvez o melhor deles, mostrando todo um universo teen dos meados dos anos 80, provocando uma liberdade de expressão dos jovens.
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