segunda-feira, 18 de maio de 2020
De volta para o futuro 2
“Back to the future 2”, de Robert Zemeckis (1989)
Continuação imediata do filme anterior, com 4 agonizantes anos de espera para os fãs da franquia ( o 1o filme foi lançado em 1985 e o 2o em 1989). Para evitar que os atores aumentassem demais os cachês entre um filme e outro, para evitar a espera tão longa entre um filme e outro e evitar também o envelhecimento do elenco jovem, as partes 2 e 3 foram filmadas ao mesmo tempo. O que é louco de se pensar em termos de direção, direção de arte e roteiro: a parte 2 se passa em 1955, 1985 e 2015, enquanto a parte 3 se passa no final do século XIX. Fico imaginando a loucura na cabeça dos atores, pois são filmes muito diferentes um do outro.
Essa parte 2 começa da cena que termina o primeiro, e aí já vem o primeiro problema de produção: a atriz que interpreta a namorada de Marty (Michael J Fox), Jennifer, Claudia Wells, não pôde retornar para essa 2a parte por conta da doença de sua mãe. Elisabeth Shue, acabou sendo contratada e tiveram que refilmar toda essa cena. Crispin Glover, que interpretou George, o pai de Marty, também não retornou por problemas de cachê foi substituído por um dublê, o que provocou a ira do ator que processou o filme.
Todos estão de parabéns, pois várias cenas do primeiro filme tiveram que ser refilmadas exatamente igual por conta do roteiro, e é impressionante o requinte em todos os detalhes de continuidade. O roteiro e a montagem trazem uma dinâmica impressionante ao filme, que desde a primeira até a última cena não tem uma única cena de respiro, é tudo bastante corrido. Muitas cenas antológicas, mas certamente as que entraram no imaginário foi o de Mart sendo devorado pelo “Tubarão” holográfico, e a famosa cena de perseguição de aero skate. Esse aero skate virou objeto de desejo de todo o mundo, e é incrível como em 1989 os efeitos ficaram bastante impressionantes ate o fia de hoje. O que ficou ruim com a revisão, foram os efeitos de maquiagem, bastante pesados. Michael J Fox interpreta vários personagens de sua família em várias idades, Lea Thompson idem, e principalmente,
Thomas F. Wilson, como o sensacional vilão Biff, em várias idades e personagens. O roteiro é uma aula de cinema, de tão perfeito que ele faz as amarras entre um filme e outro. No final, quando vem a cartela de “To be completed...”, as pessoas no cinema da época ficaram doidas, e ainda bem que levou dessa vez um ano para ser lançada a terceira parte.
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