quarta-feira, 6 de maio de 2020
Tornando-se Cary Grant
"Becoming Cary Grant", de Mark Kidel (2017)
Documentário inglês que concorreu no Festival de Cannes na Mostra de documentáros "Camera eye", em 2017. O filme explora a vida de Cary Grant de uma forma inusitada: nos anos 50, no auge de sua carreira, Grant entrou em profunda crise existencial em relação à sua carreira e à sua vida pessoal. Sua esposa da época, Betsy Drake, recomendou que ele fizesse uma terapia à base de LSD, a moda do momento. O filme explora os textos escritos por Cary Grant após as sessões da terapia. As vozes em off foram gravadas pelo ator Jonathan Pryce. Através dessas memórias, o filme conta a história de Cary Grant, nascido Archibald Lach em 1904, Bristol, Inglaterra. De família pobre, Archie foi criado por seu pai, que disse que a mãe o abandonou. Mais tarde descobriremos que era mentira, e que a mãe foi internada em instituição para doentes mentais. A relação de Cary Grant com sua mãe sempre foi bastante complexa, ele se sentiu abandonado por ela e somente aos 33 anos de idade ele soube que ela estava viva.
Archibald entrou em um grupo de artistas de pantomina e seguiu com eles para Nova York, aos 16 anos de idade. Após 2 anos se apresentando na cidade Archie resolveu não retornar mais à Inglaterra. Ele trabalhou em vários empregos, até ser descoberto por Ben Schulberg, da Paramount, que resolveu contra-lo pela sua beleza e deu-lhe o nome artístico de Cary Grant. O filme apresenta então a ascenção na carreira de Grant, seu casamento com 5 mulheres, sua relação com diretores importantes em sua carreira como Hitchcock e Howard Hawks.
Infelizmente, mesmo com toda a importância histórica do filme a respeito da vida e carreira de um dos maiores astros de Hollywood, repleto de cenas de filmes e também de imagens caseiras que ele mesmo filmou com relacionamentos com suas esposas e sua filha única, Jennifer, o filme preferiu ser "chapa branca" e não fala sobre a sua homossexualidade e muito menos sobre o seu relacionamento com o astro Randolph Scott, com quem viveu por anos e dizem, ter sido o grande amor de sua vida. A Hollywood conservadora da época proibiu que ele tivesse relacionamento com Randolph e que fossem vistos em público, ao ponto de Cary Grant ter sido obrigado a se casar com sua primeira esposa, Virginia Cherrill. O melhor do filme é rever clássicos do cinema em que Grant contracena com todas as grandes estrelas do cinema: Grace Kelly, Ingrid Bergman Leslie Caron, Marlene Dietrich, Mae West, Sophia Loren, Audrey Hepburn, Katherine Hepburn, Joan Fontaine, Eve Marie Saint, entre outras.
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