quarta-feira, 27 de maio de 2020
O despertar dos mortos
“Dawn of the dead”, de George Romero (1978)
O clássico dos clássicos dos filmes de Zumbis, “O despertar dos mortos” foi lançado 10 anos depois do cult “A noite dos mortos vivos”. O filme é uma continuação, dessa vez colorida, da tomada dos mortos vivos, que dominam o mundo. A frase do pôster para mim é uma das mais criativas e chamativas da história: “Quando não houver mais espaço no inferno, os mortos caminharão sobre a Terra.” Já dá o tom exato do filme que será visto.
O filme é uma co-produção Estados unidos e Itália. O mestre do cinema de terror italiano Dario Argento foi co-roteirista junto de George Romero. Tom Savini, um dos maiores artistas de próteses e maquiagem dos filmes de terror ( concebeu as mortes na franquia “Sexta feira 13”). A banda “Goblins”, que fez a trilha de quase todos os filmes de Argento, assina a sensacional trilha de “O despertar dos mortos”, alternando momentos de tensão e também criando trilha divertida para os momentos de paródia consumista. Ousado, Romero lançou o filme com 130 minutos de duração, uma duração longa para um filme de terror. Aqui, ele lançou praticamente todo o Abc de filmes de zumbis, incluindo o mote de que a ameaça aos sobreviventes não são apenas os zumbis, mas também a própria raça humana.
A trama do filme é bem simples: sobreviventes se escondem em um shopping center e lutam contra zumbis e um grupo de motoqueiros rebeldes. O grande lance e o fator desse filme ter entrado na ista dos 500 melhores filmes da história pela revista ‘Empire”, é a forte crítica ao consumismo e materialismo. Os zumbis seguem para o shopping pois eles estão com a memória das ações que eles faziam em vida, que é comprar. Em um mundo destruído, os motoqueiros querem roubar dinheiro e jóias. Os tipos também que interpretam zumbis são sensacionais; tem freira, hare krishna, crianças. Tom Savini participa interpretando o chefe dos motoqueiros, e George Romero faz um diretor de tv.
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