sábado, 23 de maio de 2020
Akira
"Akira", de Katsuhiro Ôtomo (1988)
Clássico do anime, "Akira" é uma adaptação do mangá homônimo escrito pelo próprio cineasta, Katsuhiro Ôtomo, em 1982. Seis anos depois, Otomo lançou o filme que seria um divisor de águas para os gêneros ficção científica e ação, que até hoje certamente influencia todos os filmes que tratam de personagens com poderes de telecinese, além de suas fantásticas cenas de destruição em massa, realizadas com requinte e detalhamento.
"Akira" foi o primeiro anime a ser lançado comercialmente nos Estados Unidos, e também o maior orçamento para o gênero no Japão.
No futuro, ano de 2019, a cidade de Neo Tokyo vive sob a ação de terroristas que agem contra o governo, e gangues de motociclistas que lutam entre si. Em uma das richas,Tetsuo, da gangue de Kaneda e seu amigo, é ferido e em seguida levado pelas autoridades do Governo. Tetsuo é usado como cobaia para uma experiência que o governo está fazendo com poderes telecinéticos. Outras três crianças foram usadas como cobaias e hoje elas são usadas pelo governo para experiências. Quando a raiva de Tetsuo e o sentimento de vingança afloram em Tetsuo, logo ele se transforma em uma arma mortal. Paralelamente, Kaneda tenta localizar o paradeiro de Tetsuo, e para isso conta com a ajuda de Kai, uma jovem revolucionária. As crianças temem que Tetsuo consiga o mesmo poder que Akira, uma criança de outrora responsável pela destruição de Tokyo em 1988 e que foi mantida em cativeiro por conta de seu perigo.
Assistir "Akira" é uma tarefa que exige pelo menos ser visto duas vezes: a primeira vez o espectador ficará tão encanado com o visual extraordinário, com as cores, a dinâmica do filme, que a história, complexa, se perderá um pouco. Aí na segunda vez, é hora de prestar atenção no roteiro. Um filme que mistura poderes telecinéticos, terroristas, governo corrupto, militância, filosofia e divagações metafísicas , certamente vai exigir bastante concentração. Toda a parte técnica do filme, incluindo a edição de som, trilha sonora realmente intrigante misturando instrumentos orientais e a fotografia são impressionantes.
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