sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Miss Futuro


 "Miss Futuro", de Antonio Morales (2021)

Um projeto independente de baixíssimo orçamento espanol, a comédia dramática LGBTQIAP+ "Miss Futuro" lembra bastante os primeiros filmes de Almodovar nos anos 80, filmes politicamente incorretos e sujos, underground. O filme, rodado em Madri e Nova York, traz como protagonista uma freira, Irmã Cassandra (Ada Fernandez), que no passado já foi atriz mas decidiu se livrar dos pecados da profissão e se tornar religiosa. Quando Cassandra é flagrada lendo a biografia de Woody Allen, a irmã Ada lhe propõe uma missão para se purificar: ir até um bosque em Madri onde os gays fazem pegação, e ali, jogar água benta nos pecadores para eles se converterem. Mas Cassandra acaba se assumindo no parque também como pecadora. Ela rouba um busto em uma igreja e o vende, e com o dinheiro decide viajar até Manhattan, cidade que ela viu em inúmeros filmes. Mas chegando lá, ela acaba conhecendo um universo underground, digno dos filmes de Andy Warhol, com sua fauna de travestis, drags, gays e prostitutas.

O filme tinha tudo para se rum cult trash, mas acaba sendo apenas um filme ruim, chato, sem graça. A parte de Nova York é horrível, com a câmera na mão acompanhando Cassandra em uma viagem sem fim por ruas, baladas e afins. A parte mais divertida é a do bosque de pegação e a freira jogando água benta nos gays. Mas no geral, não segura a atenção.

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