'"Piccolo corpo", de Laura Samani (2021)
Drama italiano poderoso e intenso, vencedor de diversos prêmios internacionais e concorrente no Festival de Cannes 2021. Com uma das cinematografias mais exuberantes e belas que assisti recentemente, 'Corpo pequeno" é co-escrito e dirigido pela cineasta italiana Laura Samani.
No nordeste da Itália no início do século 20, uma jovem chamada Agata (Celeste Cescutti) está em choque após a morte de seu primeiro filho natimorto. O padre diz a ela que a criança agora está condenada a vagar pelo Limbo na eternidade porque o bebê morreu antes de ser batizado. Agata ouve que há uma igreja em algum lugar ao norte cujo padre tem o poder sobrenatural de trazer uma criança morta de volta à vida por uma única respiração, o suficiente para um batismo e para elevar sua alma imortal. Então Agata desenterra o bebê sob o manto da escuridão e sai com o pequeno caixão amarrado às costas, como uma peregrina; ela faz amizade na floresta com uma jovem selvagem (Ondina Quadri), em uma jornada perigosa e que coloca sua religiosidade em cheque.
Com fotografia esplêndida de Mitja Licen e trilha sonora de Fredrika Stahl, "Corpo pequeno" tem um ritmo lento, mas suas imagens são tão belas, poéticas, tristes e contemplativas que fica difícil para um cinéfilo não se encantar com a produção. As duas atrizes protagonistas são excelentes, trabalhando as emoções de forma naturalista, contida, sofrida internamente. O desfecho do filme é belíssimo.
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