terça-feira, 16 de agosto de 2022

A vingança dos camarões brilhantes


 "La revanche des crevettes pailletés", de Maxime Govare e Cédric Le Gallo (2022)

Em 2019, o filme francês 'Os camarões brilhantes" fez um enorme sucesso no mundo inteiro, com um misto de 'Priscila, a rainha do deserto" em ambiente de pólo aquático Lgbtqiap+. Agora, dois anos depois, os roteiristas e cineastas Maxime Govare e Cédric Le Gallo retornam com os mesmos personagens, a equipe de pólo aquático gay "Os camarões brilhantes" e seu treinador hetero. Eles irão participar de uma competição em Tokyo, e todos se reencontram no aeroporto para embarcar, com escala na Rússia. Um novo integrante se une ao grupo, o hetero Selim, que desconhece que o grupo é gay. Ao chegarem na escala na Rússia, descobrem que as passagens foram compradas em data errada, e que devem permanecer um dia na Rússica. Mas logo eles testemunham a homofobia do governo e da população, através de centros de conversão e da polícia homofóbica.

Mais dramático do que o filme anterior, com cenas até bastante distantes do humor habitual, "A vingança dos camarões brilhantes" é um grande alerta contra países cuja política de segregação e de violência contra a comunidade Lgbtqiap+ é exposta. Os atores são todos estereotipados dentro do universo queer, mas defendidos com brio pelo ótimo elenco. A sequência final com todos cantando "Heroes", de David Bowie, é bem emocionante.

Nenhum comentário:

Postar um comentário