"Miguel's war", de Eliane Raheb (2021)
Grande vencedor do prêmio Teddy no Festival de Berlim 2021, dedicado a filmes com temática LGBTQIAP+, "A guerra de Miguel" tem como protagonista o libanês Michel Jelelaty, que ao fugir para a Espanha nos anos 80, mudou seu nome para Miguel Alonso, uma forma de esquecer o seu passado traumático.
Teddy Berlim 2021
A cineasta libanesa Raheb conheceu Jelelaty por acaso, através de seu trabalho como tradutor na Espanha, onde vive desde 1985. Miguel tinha esperança, ao mudar de nome, de que uma mudança de identidade ajudasse a afastar as memórias difíceis de crescer gay no Líbano, sendo filho de família conservadora. Tinha também o confronto direto com seu irmão mais velho, exemplo de masculinidade para a família, e por isso, Miguel decidiu se alistar no exército libanês e lutar contra a Síria. A experiência o traumatiza ainda mais, no entanto, ao testemunhar uma infinidade de horrores, incluindo violência sexual, étnica e armada. Ele decide migrar para a Espanha para finalmente ter uma chance de liberdade. Agora se sentindo envelhecido, Miguel decide lutar contra seus fantasmas e retorna para o Líbano junto da cineasta.
O filme mistura depoimentos, animação com formatos diferentes e o mais curioso: testes de elenco onde Miguel e Rehab entrevistam atores que irão reconstituir cenas da vida de Miguel. O filme é interessante, mas a sua longa duração torna tudo bem arrastado e cansativo.
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