sábado, 20 de fevereiro de 2021

Vil, Má


"Vil, Má", de Gustavo Vinagre (2020)
Concorrendo no Festival de Berlin pela 2a vez, o cineasta Gustavo Vinagre, que já nos trouxe vários filmes no formato de depoimentos de figuras interessantes, excêntricas e importantes no contexto de gêneros para a sua câmera, "Lembro mais dos corvos", "A rosa azul de Novalis"), nos traz agora Edivina Ribeiro: mãe de 3 filhos, religiosa, jornalista. Por erro do cartório ( seus pais, religiosos, queriam que ela se chamasse Divina), Edivina ficou famosa por escrever durante as décadas de 70 a 90 , literatura sadomasoquista, sob o pseudônimo de Wilma Azevedo. Segundo Edivina, "Vil e Má", todos irão respeitar e obdecer.
Hoje uma mulher de 74 anos, Edivina relata casos ocorridos durante esses anos, onde ela presenciou sessões de sadomasoquismo, abuso sexual, fetiches de leitores de revistas masculinas e o melhor depoimento, quando ela separa o tpo de tortura que ocorria nos porões da ditadura com a tortura do sadomasoquismo.
O filme é entrecortado com fotos explícitas de torturas, sempre com o pênis ereto, simbolizando o prazer sexual pela dor.
Um filme curioso, que me fez relembrar do texto de João Ubaldo ribeiro e interpretada por Fernanda Torres no Teatro, "A casa dos budas ditosos". Desejando assistir uma versão ficção do filme.

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