"El nino que no queria matar", de Wesley Verástegui (2020)
Curioso e interessante drama peruano que traz os temas do bullying, da luta de classes e da homofobia. O filme inova no uso de trilha sonora inusitada, usando temas eletrônicos e sintetizadores dos anos 80. A montagem, estranha, tem momentos de jump cuts e de cenas aleatórias que costuram uma narrativa prejudicada pelas performances medianas do elenco, mas por conta do contexto social, ganha contornos pop e cult.
Juan é um estudante "Cholito": de descendência indígena, sofre bullying de outros estudantes. Matias, o filho branco e intransigente de um poderoso congressista, lidera os ataques contra Juan e contra uma funcionária da universidade que ajuda Juan, Raquel, uma mulher trans. Quando Matias assassina Raquel por transfobia, Juan resolve juntar forças e se vingar.
"O menino que não queria matar" é um filme sobre vingança. Mas uma vingança social e política, muito semelhante ao drama mexicano "Nova ordem", de Michel Franco, que traz personagens indigenas assumindo o sue lugar na sociedade e prestando contas contra o homem branco e colonizador.
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