"Lara", de Jan-Ole Gerster (2019)
Com uma extraordinária performance da atriz Corinna Harfouch, "Lara" é um drama alemão vencedor de dezenas de prêmios internacionais. Intenso e que lida com personagens depressivas e ansiosas por um elogio, "Lara" apresenta uma relação conturbada entre mãe e filho, ela ex-pianista que abandonou a carreira após um comentário abusivo do seu professor na época. Frustrada, Lara ( Corinna Harfouch) repassa esse mesmo comportamento opressor e abusivo no seu filho. Ela passa a vida toda reprimindo Viktor (Tom Schilling) durante as aulas de piano. Adulto, Viktor rompe relações com a mãe. No dia da estréia de seu concerto, coincidentemente, é o dia do 6o aniversário dela, e ele não a convida com medo dos comentários que ela possa fazer, pois ele sabe que ela ira dizer a verdade e não irá bajulá-lo. Lara está a um passo de se suicidar, mas um chamado policial acaba frustrando seus planos, e assim, ela decide ir ao concerto.
O filme lembra bastante o assédio moral de "Whiplash" e "A professora de piano". Lara é uma personagem complexa, facilmente vista como arrogante e má, mas dentro de si ela guarda mágoas. Um excelente estudo de personagens, mas também um filme difícil de se assistir pela sua forma como apresenta pessoas frágeis e por outro lado, pessoas com o dom do Poder que destróem carreiras.
Bom ver que existem blog assim ainda, bem underground. Achei hoje e foi uma garimpada das grandes
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