"Cruising", de Willian Friedkin (1980)
Clássico trhiller LGBTQIA+, "Parceiros da noite" se tornou o 1o filme mainstraim de Hollywood a investir no universo gay de forma realista. O filme chocou a todo mundo, foi proibido em vários países e durante as suas filmagens, grupos ativistas gays tentaram paralizar a produção, alegando que o filme denegriam a sua imagem diante do grande público.
Adaptado do livro homônimo escrito pelo jornalista da The New Yorker, Gerald Walker, sobre os assassinatos cometidos contra gays em NY dos anos 70. O filme é uma obra histórica importante por revelar uma Nova York decadente, perigosa e underground, principalmente em 2 de seus maiores ícones turísticos: Time Square e Central Park, famosos até então pela zona de prostituição e sexo livre. Foi o prefeito Rudolph Giuliani e sua política de Tolerância Zero que varreu essa Nova York e a transformou no que ela é hoje em dia. Nos anos 70, Times Square era onde se concentravam casas de sexo, saunas, cinemas pornôs e à noite virava área de prostituição.
Fora isso, tanto Willian Friedkin quanto Al Pacino colocaram suas carreiras em risco. Na época, o filme foi destruido pela crítica e foi fracasso de público. O filme hoje em dia se tornou clássico, Al Pacino é reverenciado pela sua coragem em interpretar um personagem tão controverso e Willian Friedkin pela coragem artística, sem fazer qualquer tipo de concessão. O filme ficou tão realista em sua abordagem do universo gay leather e B&M, que dizem que 40 minutos do filem foram cortados. Em 2013, James franco dirigiu o filme explícito "Interior leather bar", reproduzindo as cenas de sexo explícitas retiradas do filme original.
Al Pacino interpreta Steve, um policial padrão, casado com Nancy (Karen Allen). Ele é convocado pelo Capitão Edelson (Paul Sorvino) a se infiltrar na noite gay para tentar encontrar o paradeiro do serial killer que mata gays. Steve acaba se transformando: ao se infiltrar, ele descobre segredos até então ocultos dentro de si.
Sim, o filme é homofóbico, é mega violento, é misógino. Mas ao mesmo tempo, é uma obra de arte, um filme cruel, sujo, pervertido, fetichista, ousado, corajoso, bravo e certamente, um filme que Hollywood jamais conseguirá fazer novamente. O mundo já foi mais vanguarda.
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