"Atlantis", de Valentyn Vasyanovych (2019)
Vencedor de diversos prêmios internacionais, incluindo melhor filme em Mostra paralela no Festival de Veneza, "Atlantis" foi indicado pela Ucrânia para concorrer à uma vaga ao Oscar de filme estrangeiro em 2021.
Composto de 28 rígidos e longos planos, o filme é ambientado em 2025, um ano após uma guerra entre a Rússica e Ucrânia que devastou ambos os paises: a água está contaminada, a floresta devastada. A população sobrevivente possui tensão pós traumática e muitos estão deprimidos e se suicidam. O jovem Sirhyi trabalha em uma siderúrgica, mas quando decidem fechá-la, Sirhyi vai trabalhar como exumador de cadáveres de soldados ucranianos. Ele conhece Kathya, uma esperança de um amor em um mundo onde as pessoas não sabem mais esse sentimento.
"Atlantis", apesar de tanta pompa, é um filme difícil de se assistir. Extremamente lento, de ritmo arrastado, com longos planos onde quase nada acontece, o filme tem um visual estonteante, com usinas siderúrgicas e maquinários instalados em grandes desertos. Mas fora o visual e a ousadia do diretor em contar uma história de narrativa tão fria, "Atlantis" é um olhar pessimista e desolador do futuro da humanidade.
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