"The other me", de Giga Agladze (2022)
Desde que surgiu em 'Across the universe", no ano de 2007, o ator inglês Jim Sturguess parecia ser uma grande promessa para o estrelato. Mas isso acabou não acontecendo, e entre produções independentes e outros filmes ruins, Sturgess vai mantendo a sua carreira. Agora ele surge no estranho e confuso "The other me", estréia na direção do cineasta da Geórgia Giga Agladze, que também escreveu o roteiro. mas o grande nome nos créditos é o do cineasta David Lynch, que apadrinhou o projeto e se tornou o produtor executivo. O filme procura trazer a atmosfera onírica, de sonho de Lynch, mas o que trouxe mesmo foi um roteiro confuso e tramas que não se fecham.
Sturgess é Irakli, um barman que sonha em se tornar um arquiteto. Ele é casado com Nutsa (Antonia Campbell-Hughes), que trabalha como governanta de uma embaixadora. A relação do casal está fria, e para piorar, após um exame de vista, Irakli descobre estar com uma doença rara na vista que o tornará cego. Nutsa ao invés de dar apoio se estressa. Irakli pega um ônibus público, e ao acordar, está no ponto final. Ele sai e entra numa floresta, onde conhece uma linda mulher loira, que mora em uma casa no meio da floresta, Nino (Andreja Pejic, uma famosa modelo trans). A partir desse momento, Irakli vai perdendo a vista e paralelo, vai se lembrando de sua infância, quando sofria bullying de seu pai e os colegas da escola por sua falta de masculinidade.
Um filme confuso, que explora o onírico e o surreal para falar de transição de gênero. A cegueira vira uma metáfora para olhar um outro mundo que somente Irakli olha, um mundo colorido e mágico. Dificilmente Sturgess será lembrado por esse filme, apesar de estar bem em cena.
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