domingo, 27 de fevereiro de 2022

Lui


"Lui", de Guillaume Canet (2021)
O ator e cineasta francês Guillaume Canet mais do que nunca, procura cada vez mais sair da sombra de sua esposa, a mega estrela Marion Cottillard. Canet tem luz própria: já dirigiu grandes filmes, e também atou em ótimos projetos, inclusive com carreira em Hollywood, sendo o mais recente, direção e atuação na série americana "Little white liars".
Mas os críticos acusaram que "Lui" é novamente uma expiação sobre o ego inflado do ator/cineasta, já exposta no grande fracasso "Rock'n roll", seu filme de 2017 onde ele interpreta a si próprio e mostra a sua crise criativa. Mas em 'Lui", Canet vai além: uma mistura de "Quero ser John Malkovich", de Spike Jonze, com "Providence", clássico de Alain Resnais.
Canet é Lui, um roteirista de cinema em crise. Seu produtor (Clive Owen, em voz) liga para ele insistentemente esperando o novo roteiro. Lui decide se isolar em uma casa à beira de um penhasco na Ilha Bretanha para buscar inspiração. Mas ele é visitado por todos aqueles que justamente, lhe trazem problemas: sua esposa, sua amante, seus pais, seu filho.
Com um super elenco que inclui o próprio Guillaume Canet, temos também Virginie Efira, Mathieu Kassovitz, Laetitia Casta, Nathalie Baye, Patrick Chesnais, Gilles Cohen. O filme foi escrito em apenas 3 semanas, quando Canet estava tentando finalizar o seu próximo filme, a super produção "Asterix", onde ele dirige e interpreta o protagonista. Paralisado por conta da covid, Canet aproveitou para falar de crise criativa e rodou o longa em 4 semanas.
O filme daria uma excelente peça de teatro. Como cinema, confesso que ficou chato e cansativo. O que salva são os ótimos atores. Mas a história serve mais ao intuito de um palco de teatro, seria muito mais instigante.

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