"Ted K", de Tony Stone (2021)
Cinebiografia do terrorista Ted Kaczynks, mais conhecido como Unabomber. O filme concorreu no Festival de Berlim, e apesar de toda a história repleta de ação e reviravoltas, provocando a maior caçada da história do FBI, o filme é curiosamente introspectivo, narrado em 1a pessoa por Ted (Sharlto Copley, o ator sul africano, protagonista de 'Distrito 9", também produtor do filme). O filme tem uma narrativa existencialista, como um ponto de vista do personagem tentando entender o mundo que o rodeia. Impossível não se lembrar de "Na natureza selvagem", de Sean Penn, ambos manifestos contra uma sociedade de consumo e capitalista. No caso de Ted, sua luta era contra a tecnologia: "Tecnologia é a pior coisa que aconteceu ao mundo, e promover o seu progresso e á nada mais do que um crime.". Ted escreveu um manifesto de 25 mil páginas, que o diretor e roteirista John Rosenthal leram para escrever o roteiro do filme.
Com seus atos, Ted provocou a morte de 3 pessoas, além de 27 feridos, em 25 anos de atividades criminosas. Ele enviava as bombas pelos correios. Foi através do manifesto que Ted mandou publicar na Ny Times que ele foi preso: seu irmão, com quem ele tinha desavenças, reconheceu a escrita e chamou a FBI, que o localizou em uma cabana que ele morava nas montanhas nevadas de Montana, Colorado.
Fiquei com a impressão que o filme poderia ter sido mais interessante, afinal, a história é muito boa e eletrizante. A opção do cineasta Tonu Stone, em seu filme de estréia, não de ixa de ser corajosa, mas certamente irá afastar curiosos que queriam entender mais da vida de Unabomber. Ele se encontra em prisão perpétua: Ted era prodígio da matemática, abandonou a carreira acadêmica em 1969 para buscar um estilo de vida primitivo.. Como se vê, um personagem maravilhoso, mas que veio em um filme sem emoção.
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