"Madres paralelas", de Pedro Almodovar (2021)
Almodovar traz em seu filme premiado no Festival de Veneza com o prêmio de melhor atriz para Penelope Cruz, um drama sobre maternidade, memória e conflito de gerações. Como pano de fundo, a dôr ainda insuperada de milhares de mortos pelo Governo Franquista, que enterrou muitos de suas vítimas em covas clandestinas.
O filme caminha por vários plots: temos o drama da troca de bebês vividos pelas mães de gerações distintas, Janis (Penelope Cruz) e Ana (Milena Smit). Tem a relação de Janis, fotógrafa, com Arturo, um arqueólogo que ela deseja contratar para encontrar covas clandestinas no vilarejo que ela cresceu. E tem a amizade entre essas duas mães, e a busca pela memória de um país, um passado desconhecido pela geração mais nova representada por Ana.
Defendido com brilhantismo por Penelope Cruz e Milena Smit, que transitam em emoções distintas, e por um elenco de apoio de rostos conhecidos na filmografia de Almodovar, como sua musa Rossy de Palma, o filme emociona por trazer uma mensagem forte sobre olhar o passado para construir o futuro. Fotografia luxuosa de Jose Luis Alcaine, e trilha de Alberto Iglesias, parceiros habituais do cineasta espanhol.
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