terça-feira, 7 de abril de 2020
The other lamb
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"The other lamb", de Malgorzata Szumowska (2019)
A diretora polonesa Malgorzata Szumowska definitivamente é uma cineasta que merece a sua atenção. Depois dos excelentes, premiados e polêmicos dramas "Em nome de"( sobre um Padre que se apaixona por um rapaz), 'Body"( sobre uma jovem anoréxica) , Malgorzata Szumowska vem com uma parábola de prisma de terror sobre uma seita que remete imediatamente à "The handmaid's tale", "Midsommar" e "A bruxa". A temática do patriarcado e do mundo governado por homens tiranos e déspotas ganha um contorno religioso, com um Pastor em forma de Jesus Cristo pop e galã ( Michiel Huisman, de "AGme of thrones'). O PAtor, que não tem nome, comanda uma seita onde somente mulheres são permitidas, divididas em duas catas hierárquicas: as "mães" e as "filhas". Quando as filhas atingem a puberdade, constatado pela menstruação, elas passam a ser as novas mães. Quando na gravidez uma das mães dá à luz um menino, o bebê é morto e a mãe rebaixada na hierarquia das esposas. Quando uma das filhas , Selah
(Raffey Cassidy) começa a menstruar, ela passa a ter visões que a fazem questionar tudo o que está a ser redor.
Raffey Cassidy interpretou a filha de Collin Farrell em 'A morte do cervo sagrado" e está excelente no filme. A fotografia é das mais lindas que vi nos últimos tempos, de Michal Englert, fotógrafo habitual da diretora. As composições ea luz remete imediatamente ao metafísico e aura de sonho dos filmes de Terrence Malick. Michiel Huisman é perfeito para o papel: bonito. sedutor, e tão tirano que no desfecho a gente até aplaude. Escrito pela roteirista australiana C.S. McMullen, "The other lamb" é um libelo feminista, um alerta e um pedido de socorro de sociedades que impõem com mão de ferro a tirania cunhada pelo padrão machista e patriarcal.
Obs: Amei o Black Philip branco do filme ( uma alusão ao Black Philip negro de "A bruxa".
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