segunda-feira, 13 de abril de 2020

Sound & Fury

"Sound & Fury", de Michael Arias, Masaru Matsumoto, Junpei Mizusaki e Kôji Morimoto (2019) Em 2003, o grupo eletrônico Daft Punk lançou um longa-metragem de animação para poder divulgar o seu álbum, "Discovery". Casa música era apresentada em um curta anime. O longa se chamou "Interstella 5555", e tinha uma concepção futurística, envolvendo vilões e mocinhos com traços de animação japonesa. A Netflix tem desenvolvido um excelente projeto que é o de promover novos lançamentos de discos de cantores famosos com um média metragem , tendo cada faixa uma cena diferenciada, como pequenos curtas. Em 2019 lançaram "Anima", do Radiohead, dirigido por Paul Thomas Anderson. Agora é a vez do cantor country americano Sturgill Simpson. Para divulgar o seu novo disco, "Sound & Fury", ele escreveu um roteiro que se passa em um futuro distópico, governado por poderosos inescrupulosos. Uma samurai, junto de um exército de Transformers, tenta derrubar a soberania dos governantes. É impossível não se lembrar da obra-prima "Heavy metal", uma animação de 1083 super cultuada, com trilha sonora pós punk. O filme traz também elementos de "Mad Max"e do cult anime "Paprika", de Satoshi Kon. A primeira parte do filme é primorosa, contando uma história de vingança promovida pela guerreira samurai. Mas depois o filme fica bizarro, sem muito sentido. Só depois dos pós-créditos é que volta à historia original. Do meio em diante, há uma mistura de live action, sequência de dança eletrônica com os personagens. Quem espera um filme convencional, melhor passar batido, não se deixe enganar pelo formato anime.

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