segunda-feira, 13 de abril de 2020
O filho protegido
"El hijo", de Sebastián Schindel (2019)
Adaptação de um livro escrito por Guillermo Martínez, "O filho protegido"é um suspense argentino que busca referências com o clássico "O bebê de Rosemary", de Roman Polansky.
Lorenzo (Joaquín Furriel) é um pintor de meia idade que namora a norueguesa Sigrid (Heidi Toini). Os dois compartilham o momento de felicidade deles com um casal amigo de Lorenzo: a advogada Julieta ( a ótima atriz Martina Gusman, casada com o cineasta Pablo Trapero e protagonista de vários de seus filmes) e Renato. SIgrid anuncia durante uma exposição de Lorenzo que ela está grávida. Lorenzo exulta. No entanto, Sigrid passa a evitar a aproximação de Lorenzo, chegando ao cúmulo de chamar uma babá norueguesa para ajudá-la. Quando o bebê nasce, Lorenzo é colocado totalmente de lado por Sigrid. Ao reagir, Lorenzo vai preso, acusado por Sigrid de bater nela. Lorenzo pede ajuda para Julieta ajudá-lo e consegue a guarda compartilhada. Mas no dia de buscar a criança, ele acredita que aquela criança não e o seu filho.
Assim como "O bebê de Rosemary", o filme lida com o tema da paranóia: todos os outros personagens acreditam que o protagonista está louco. Lorenzo tem antecedentes: foi alcoólatra e as suas duas filhas mora em outro país, sem querer ver o pai. O temo todo o filme joga com as possibilidades de quem está com a razão. Mas é justamente aí que a direção de Sebastián Schindel. falha: as performances das atrizes norueguesas ficaram carregadas demais na obviedade; é impossível não achar que elas têm culpa no cartório. Ficou faltando aquele olhar do personagem de Lorenzo diferenciado dos outros. O desfecho também é uma cena muito louco, a dos dois anos depois. Falta de verossimilhança total, mas enfim, é só para dar aquele plot twist final. Para roteiristas, vale tudo para enganar o espectador.
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