quarta-feira, 29 de abril de 2020

Fuccbois

"Fuccbois", de Eduardo Roy Jr. (2019) Premiado drama de suspense LGBTQI+ filipino, que me lembrou bastante "Kinatay", de Brillante Mendoza, ganhador da Palma de Ouro de melhor diretor em Cannes, também filipino. Ambos são filmes crus e viscerais sobre o universo da prostituição, jogo de poder e dividas que envolvem morte e vingança. Ace, 18 anos, e Mico são dois amigos que participam de um concurso de Mr Galaxy, dedicado à beleza do corpo masculino. Ambos sonham em ser atores. Mas tudo o que conseguem é serem apadrinhados por um político corrupto, que os contrata como garotos de programa. Após o concurso, o político leva os meninos para passarem 2 dias em uma ilha. Durante uma orgia, quando o político grava os meninos fazendo sexo forçado entre eles, os garotos ficam assustados e acabam matando o político. Todos os capangas do político perseguem os rapazes pela Ilha. Repleto de cenas de sexo e nudez de um elenco iniciante, o filme assusta pela sua crueza e pela atmosfera totalmente grotesca do universo da prostituição de jovens garotos de programa que sonham com o estrelato. A 1a parte do filme é antológica: uma madrinha acomoda uma dezena de rapazes em uma casa e os prepara para a noite do Concurso. A preparação do concurso, os quesitos de premiação, a putaria, tudo é bastante inquietante e para quem curte fetiches, é um prato cheio. Depois o filme muda de tom e se transforma num filme de suspense dos bons. Os dois garotos são ótimos e se jogam em papéis difíceis e que exigem muita entrega.

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