terça-feira, 14 de abril de 2020
O 3º Andar - Terror na Rua Malasana
"Malasana 32, de Albert Pintó (2020)
Terror espanhol que trata de um tema mega genérico: a casa mal assombrada. E para isso, os roteiristas e o diretor pegaram referências explícitas à "Poltergeist" e "O exorcista".
O que tem de mais interessante no filme é o seu fundo político: o filme se passa em 2 épocas: 1972, durante a ditadura conservadora de Franco, e em 1976, após a morte do General. É importante saber desse contexto histórico por conta da resolução da trama.
O filme tem um prólogo em 1972, quando a vizinha do 3o andar do prédio da Rua Malasana 32 morre. 4 anos depois, uma família se muda para o mesmo prédio: eles são camponeses, e venderam tudo para poder tentar a vida na cidade de Madri. O casal Manolo e Candela e os 3 filhos: Amparo e Pepe do primeiro casamento de Candela, e Rafael, uma criança que é filho do casal. O avô Fermin, que está catatônico, também veio. Impressionados com o tamanho da casa, a família vai vivendo a sua rotina. O pai trabalha em uma empresa de caminhões; a mãe trabalha em loja de departamentos; Amparo fica em casa para cuidar de Rafael e do avô, mas tem o sonho de ser aeromoça; e Pepe está deprimido e sem forças para procurar emprego. Um dia, Amparo vai buscar o avô que fugiu pra rua e quando volta, descobre que Rafael desapareceu. Logo percebem que a casa está mal assombrada e que precisam descobrir uma forma de trazer o menino de volta.
Mesmo com tantas referências a muitos filmes comuns, esse terror espanhol tem uma vantagem que é ser um filme de época, e assim, evitar aquelas atividades paranormais com filmadoras, celulares, etc. O único elemento de modernidade é a televisão, que acaba sendo uma fonte de contato com o outro mundo. O filme tem cenas bem interessantes, como a cena da possessão. Mas o excesso de ruídos estridentes e óbvios que tocam toda hora só para provocar sustos bobos acaba prejudicando a apreciação do file. O elenco é bom e atende bem as cenas de drama e tensão. Bons efeitos de maquiagem.
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