quinta-feira, 23 de abril de 2020
O silêncio do pântano
"El silencio del pantano", de Marc Vigil (2019)
Longa de estréia do diretor de series de tv na Espanha, Marc Vigil (Vis a vis), "O silêncio do pântano" segue a tradição de filmes de suspense espanhóis, que já rendeu excelentes filmes, como os recentes "O poço", "A casa", "Um contratempo", "Depois da tormenta", "O corpo".
O filme parte de uma premissa já vista em outros filmes: um escritor de romances policiais de sucesso, na verdade é um serial killer que sequestra e executa suas vítimas e daí faz um relato realista pelo ponto de vista do personagem nos romances. O que o romancista Q (Pedro Alonso, o Berlin de "La casa de papel") não poderia imaginar, é que a sua última vítima era um professor de economia corrupto e envolvido em escândalos envolvendo policiais e autoridades. Todos vão em busca do desaparecimento do professor, inclusive um assassino de aluguel, que acaba rastreando a moto de Q.
O filme começa bem, mas depois começa a se abrir em tantas sub-tramas e personagens que fica bastante confuso. O filme quiz ampliar seu foco para falar de corrupção na política e na polícia e acabou deixando de lado o seu protagonista, Q, que em determinando momento até some da trama. A cena final, em aberto, é totalmente sem sentido e irritante, aqueles maneirismos de roteirista para deixar o espectador cabreiro.
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