terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Alice no Pais das maravilhas

"Alice in wonderland", de Norman Mc Leod (1933) Clássico da Paramount de 1933, essa primeira versão para o cinema baseado na obra de Lewis Carrol foi um grande desastre financeiro. A Paramount havia escalado todos os seus grandes astros para os personagens no filme, mas debaixo de pesadas fantasias, o publico não conseguiu ver os atores! Cary Grant, Gary Cooper e outros vestem máscaras e fantasias que fica impossível reconhece-los. Na abertura do filme, existe uma apresentação dos atores que dura mais de 3 minutos: cada personagem fantasiado e apresentado ao lado da foto do ator. Mas essa estratégia não deu certo. Nem foi culpa do diretor: Norman Mc Leod e um craque de Hollywood, tendo dirigido inclusive filmes dos Irmãos Marx. A atriz Charlotte Henry foi escolhida para o papel de Alice após uma audição com mais de 7 mil candidatas. O grande mérito do filme, que mistura tanto " No pais das maravilhas" com "Alice através dos espelhos", é criar um universo lúdico a mais de 74 anos atrás, quando era impensável fazer efeitos que a obra de Lewis Carrol exigia. Claro que para os olhos de hoje os efeitos são toscos, mas mesmo assim impressionam. O seu ponto fraco e talvez mais problemático, é o da caracterização dos personagens. É impossível não pensar em teatro infantil de quinta qualidade, com os figurinos e fantasias tão toscos. Sim, na época deveria ter sido um verdadeiro primor, mas agora fica difícil fazer alguma criança assistir ao filme, o que é uma pena. O filme tem ritmo lento, as interpretações são bem teatrais. E para afastar de vez os infantes de hoje, o filme é em preto e branco. Em 1951, Walt Disney fez a sua versão animada, que se apropriou de vários elementos visuais criados por esse filme. O filme era para ser uma homenagem aos 100 anos de Lewis Carrol, que aconteceu em 1932, mas ninguém acreditava no projeto. O cineasta e roteirista Joseph Manckewicz, de " A malvada", foi um dos autoes do roteiro.

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