terça-feira, 31 de janeiro de 2017

O dia mais feliz na vida de Olli Maki

"Hymyilevä mies", de Juho Kuosmanen (2016) Grande vencedor da Mostra Un certo Olhar em Cannes 2016, "O dia mais feliz na vida de Olli Maki" se baseia na história real de Olli Maki, um boxeador finlandês que só não obteve maior sucesso em sua carreira nos anos 60 e 70, por conta de uma paixão que acabou tirando o seu foco nos treinos e nas competições. Nos anos 60, Olli Maki era considerado uma das grandes apostas no boxe de seu país. O seu treinador faz de tudo para que Olli treinasse, se dedicasse `as lutas e aos inúmeros eventos sociais e de divulgação. Mas Olli tem um problema: ele se apaixonou por Raija, e esse amor acaba fazendo com que ele se divida na sua vida entre o esporte e sua vida amorosa. Lindo filme, camuflado por um filme esportivo, mas na verdade, é uma baita história de amor. Com uma espetacular fotografia em preto e branco de J.P. Passi, o flime carrega no drama e também em momentos cômicos, mostrando o lado humano e comovente de Olli Maki, um bom sujeito, diferente de um Rocky Balboa e de Jake La Motta. Além do belo trabalho de direção, o filme apresenta 3 grandes performances: Jarkko Lahti no papel de Olli, Oona Airola no papel de Raija e Eero Milonoff no papel do treinador Elis. Direção de arte e figurinos caprichados, ambientando os anos 60 de forma discreta, sem clichês. Algumas cenas antológicas: quando Olli vê uma jovem triste que trabalha em um parque de diversões; durante o banho no vestiário, com todos nus, recebendo a visita de figurões do esporte, e no final, quando o casal Olli/Raija cruza pelo casal na vida real, já idosos. O filme foi indicado pela Finlândia para concorrer a uma vaga no Oscar 2017, mas acabou não sendo selecionado para a final.

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