sábado, 7 de janeiro de 2017

La la land- Cantando estações

La la land", de Damien Chazelle (2016) Como é possível que um Diretor/Roteirista consiga realizar um filme ainda mais primoroso que o anterior "Whiplash"? Damien Chazelle é um gênio. "La la land" é daqueles filmes que ficam para sempre no coração. Ele é mágico, romântico, lúdico, encantador, nostálgico e emocionante. A gente de verdade torce pelos personagens, pelo amor deles, pelo sucesso deles. Para quem odeia musical, não assista. Ele é uma homenagem aos filmes dos anos 40, onde as pessoas do nada começavam a cantar, dançar e depois voltavam ao normal. Sempre amei esse caráter surrealista dos musicais. Aqui a homenagem é total aos filmes de Stanley Donen, e porquê não, Jacques Demy e "os guarda-chuvas do amor" , com todo o seu colorido que parece até um conto de fadas. A direção de arte, a maquiagem, figurino, tudo exageradamente colorido, inclusive os espetaculares pôres do sol de Los Angeles, só comparável à Luz elaborada por Vitorio Storaro na fantasia musical de Coppola, "Do fundo do coração". O filme é de Ryan Gosling e Emma Stone, absolutamente entregues à técnica do Musical: cantam e dançam divinamente, e com muita graciosidade. Impossível não se apaixonar pelos dois. O filme fala do lado cruel da indústria de cinema e da música: até onde devemos lutar por um lugar ao sol? As dificuldades da profissão são tão grandes, que acaba fazendo as pessoas duvidarem de seu talento. Sebastian ( Ryan Gosling) e Mia ( Emma Stone) se conhecem por um acaso. Ele tem o sonho de abrir uma casa noturna especializada em jazz de raiz. Ela, uma aspirante à atriz. Porém, eles só dão com a cara na porta. Que outro lugar que não Hollywood para ir em busca de um sonho? O filme tem uma estrutura dividida em capítulos, designadas através das mudanças das estações do ano. O filme tem tantas cenas memoráveis e brilhantes, e a trilha sonora é tão linda ( a música tema, 'City of stars", é de arrepiar), que destaco uma cena que não me saiu mais da cabeça: quando eles se reencontram ao som de "Take on me", do A-ha. Ali, definitivamente, eu chorei. Outro momento de cortar os pulsos é o desfecho, que aula de cinema!!! Para se assistir muitas e muitas vezes, em tela grande, som alto e estéreo!!!! Ah, e nossa, como se vende bem a cidade de Los Angeles com esse filme! Só locações fodas!!!!!

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