segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Jackie

"Jackie", de Pablo Larrain (2017) O cineasta chileno Pablo Larrain, realizador dos filmes " O clube", "Tony Manero", "Neruda", Post morten" e "No", é o mais bem sucedido cineasta de seu País. Seus filmes foram indicados ao Oscar, Globo de Ouro e venceram dezenas de prêmios mundo afora. Com "Jackie", Pablo coroa de vez a sua ascensão em Hollywood, mesmo que realizando um filme autoral, diferente do que o grande público poderia esperar de uma cinebiografia do porte de uma Jackeline Kennedy. De cara, me saltam aos olhos a grandeza da fotografia e da direção de arte, brilhantes, que nem sequer foram indicados ao Oscar. Pablo Larrain apresenta um filme totalmente focado na figura de Jackeline Kennedy, horas após o assassinato de John Kennedy. Claustrofóbico na maioria das vezes, Larrain cola a sua câmera no rosto de da atriz Natalie Portman, que apresenta aqui uma de suas performances mais poderosas, impressionante no realismo de expressão corporal, sotaque e pausas. A construção do filme vai de uma entrevista que a ex-primeira dama dá a um repórter, e durante a narrativa, acompanhamos esses 4 dias de tormento de Jackie, que vão desde o dia do assassinato até o dia da procissão seguindo ao enterro. De origem humilde, Jackie segue em um grande conflito sobre a sua existência e do que poderia ter sido a sua vida caso continuasse no Poder. O que ela lamenta? A morte do marido ou a perda da hierarquia? Pois e esse grande dilema que Larrain constrói extraordinariamente, com planos e enquadramentos vigorosos, alternando entre o cinema independente e o grande cinema, principalmente nos momentos de grande evento. Todo o elenco está perfeito: Peter Saasrgard, no papel de Bobby kennedy, a ótima Greta Gerwig, de "Frances Ha', aqui no papel da secretaria pessoal de Jakcie e o recém falecido John Hurt, no papel de um Padre, comovente. O ator que interpreta John Kennedy impressiona com a sua semelhança. E sim, o momento do tiro na cabeça de John e daqueles momentos chocantes e poderosos que somente o cinema consegue reproduzir, nas maos hábeis de um grande cineasta. Imperdível!

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