quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Um homem chamado Ove

"En man som heter Ove", de Hannes Holm (2016) Quem diria que um dia a Suécia faria um melodrama que me fez chorar litros? Na lista dos pré-selecionados para o Oscar de filme estrangeiro de 2017, "Um homem chamado Ove" faz rir e chorar. Ove acabou de perder sua esposa e o seu emprego. Solitário, o recém-aposentado é visto pelos moradores do condomínio como um velho rabugento. Desgostoso da vida, Ove resolve se matar. Mas a chegada de uma família com dois filhos fará Ove mudar a perspectiva em relação à sua vida. Baseado em um livro, "Um homem chamado Ove" é um belo retrato sobre a solidão na vida dos idosos. O filme faz uma referência a "Morangos silvestres", obra-prima de Bergman: Ove relembra momentos da sua juventude, se relacionando com seu pai, sua esposa Sonja e a busca pelo sonho de ser feliz. Mas a vida o tratou mal, repleto de tragédias pessoais que o fizeram ser uma pessoa amargurada. Pode ser que o filme exagere demais no melodara, forçando muitas viradas na história. Ma sé bem narrada, bem dirigida e principalmente, com um elenco fabuloso capitaneado por um ator extraordinário, Rolf Lassgård, no papel do protagonista. Alternando momentos de divertida ranzinzice e de melancolia, Rolf Lassgård mostra para a platéia o oficio do ator, que é simplesmente emocionar o público.

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