segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

O bebê de Bridget Jones

"Bridget Jones's baby", de Sharon Maguire (2016) Esse terceiro filme da franquia de sucesso "O diário de Bridget Jones, baseado no livro de Helen Fielding, foi lançado 12 anos depois do segundo filme. De lá para cá, a atriz Renée Zellweger fez uma cirurgia plástica que a tornou irreconhecível na personagem. A única solução do roteiro, co-escrito pela atriz Emma Thompson, é fazer de Bridget uma mulher totalmente repaginada e mais bonita aos 43 anos de idade. Corpo malhado, rosto esticado e com muita disposição. Mas internamente, ela continua a mesma: insegura, carente, atrapalhada e indecisa no amor. O que diferencia esse filme dos outros ( que seguem exatamente a mesma fórmula de Bridget indecisa entre o amor do sisudo Mark Darcy ( Colin Firth) e o galã bobo Daniel Clever (Hugh Grant)) é que nesse filme, o personagem de Hugh Grant está morto ( solução encontrada pelos roteiristas, pois o ator não quiz participar desse filme). No lugar dele, entra Patrick Dempsey, ( o Dr Dereck de "Grey's anatomy"), no papel de Jack, um homem que Bridget conhece quando sai de férias para um concerto de rock e acaba tendo uma relação fugaz com ele. Bridget começa o filme separada de Mark. Quando ela engravida, ficam todos na dúvida quem é o pai. E o filme, entre erros e acertos de roteiro, deixa essa dúvida até o último momento. O que mais gosto no filme, é a discussão sobre a chegada da meia idade: nos outros filmes, Bridget era uma trintona com suas crises de profissão e de amor. Agora, aos 43, continua com as mesmas crises, porém todos que estão à sua volta estão mais velhos. Ela disputa o seu espaço profissional com uma geração mais jovem, e o filme aborda a contradição entre "a voz da experiência" e "o frescor da juventude". No mais, é um festival de ótimos atores de apoio ( Jim Broadbent, Emma Thompson, Gemma Jones), dirigidos pela cineasta do primeiro filme da série, Sharon Maguire. A longa duração do filme ( 2:03 hrs) acabou trazendo barrigas pra narrativa, que fica arrastada. Fiquei também com uma impressão de certo "Cansaço"por parte dos atores, mas deve ser apenas impressão mesmo, ou tem a ver com os personagens. A trilha sonora, repleta de clássicos Disco dos anos 70, é outra delícia a ser aproveitada pelos fãs de Bridget.

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