quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O Bom Coração


" The good heart", de Dagur Kári (2009)

Drama dirigido pelo Islandês Dagur Kári, que dirigiu o filme aclamado pela crítica mundial " Abino Noi", nunca lançado aqui no Brasil.
O filme narra a história de Lucas (Paul Dano), um jovem morador de rua, que decide se suicidar. Porém, sua tentativa não foi bem sucesida. Ele acorda em um leito do hospital, e lá, ele percebe que divide o quarto com Jacques (Brian Cox), um velho rabugento, beberrão e que amaldicoa a todos, dono de um bar (Jacques sofreu seu quinto infarto).
Jacques se afeiçoa a Lucas e o convida a trabalhar no seu bar, com a intenção de que ele o suceda na administração do comércio.
Jacques dá um banho de loja no garoto: corta cabelo, compra roupas. Logo, Lucas vai compreendendo o universo de Jacques: ele trabalha sozinho no bar, tendo como cozinheiro um chines budista. Ele não atende mulheres, e só atende clientela fixa. Tem lá suas manias. É um velho rabujento,e quer que Lucas siga estritamente as suas orientações, jamais se afeiçoando a clientes nem puxando assunto. Até que um dia, surge April, uma ex-comissária que tem medo de voar. Lucas a a comoda em segredo no bar. Jacques descobre que ordena que Lucas a expulse. Lucas se recusa. Aos poucos, a briga entre os dois vai dando lugar a uma relação de compreensão mútua e de mudança de personalidade: Lucas , que até então era ingenuo e humano, vai se transformando na personalidade de Jacques. Esse, por sua vez, por ter um coração fragilizado ( ele espera por um transplante de coração) vai se humanizando.
A cópia exibida no Espaço de cinema está em péssimo estado, a fotografia estava muito escura e sem definição. Logo, não pude fazer comentários técnicos a esse respeito.
O roteiro é interessante, criado como se fosse uma fábula, já que situações são forçadas para os personagens estruturarem o seu encaminhamento. Uma lição de moral, com um desfecho até previsível, mas não menos emocionante.
Os atores, em especial Brian Cox e Paul Dano estão excelentes. A narrativa, lá pro meio, vai perdendo ritmo, se arrastando. Mas possui bons momentos de encantamento, que fazem valer ser visto. No final, fica uma sensação de melancolia, um belo conto de personagens simples e sinceros.

Nota: 7

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