quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Adrienn Pal
"Pal Adriénn", de Agnes Kocsis (2010)
Drama húngaro , ganhou o Premio FIPRESCI em Cannes de 2010 (premio dos criticos), uma honra para o projeto, uma vez que são os críticos que conferem esse prêmio, e não o juri.
Piroska é uma enfermeira gorda, que trabalha na ala dos doentes terminais. Sua vida é um tédio, e burocrático. Casada, mal conversa com o marido em casa, e vice-versa. O filme fala também sobre a falta de comunicação entre as pessoas. A Hungria parece um túmulo, as pessoas não se interagem, é como se o setor do UTI que Piroska trabalha se estendesse ao mundo. Piroska passa boa parte do dia sentada em frente aos monitores de batimentos cardíacos, acompanhando a saúde dos terminais. Sua rotina muda quando um monitor acusa problemas com os pacientes. Aí, ela se apressa em salvar o doente. De resto, é tudo uma vida monótona.
Um dia, surge uma paciente idosa, cujo nome, Adrienn Pal, a faz relembrar de uma amizade que ela teve na epoca do colégio, e resolve ir atras do paradeiro desssa sua amiga de nome homônimo. Não existe motivação para ela encontrar essa amiga ( elas foram muito próximas). Apenas ela quer, nem mesmo ela sabe o porquê. Em seu caminho, ela descobre o paradeiro de outros amigos de colégio, que a fazem relembrar da personalidade dela e de Adrienn Pal. Porém, esses depoimentos sao confusos e contraditórios, e o espectador fica em dúvida sobre a veracidade dos depoimentos, e se realmente Piroska procura a pessoa certa, ou se ela inventou tudo.
O filme é muito lento, longo (136 min), mas no geral, é um filme pesado, triste, e muito interessante. A fotografia escura, os varios planos sequências, tudo colabora para dar um ar de decadência na vida das pessoas. Para quem curte melancolia e depressão, é um prato cheio.
Os atores estão ótimos ( Eva Gabor, a protagonista, está bárbara, poderosa em sua performance difícil), e o roteiro é bem construído. A fotografia, escura, ajuda no clima depressivo da trama.
Nota: 7
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPs. Parabéns pela crítica, amigo. Muito boa!
ResponderExcluir10 anos depois me deparo com esse filme, queria muito pode assistir ou encontrá-lo.
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