sábado, 16 de fevereiro de 2019
Tito e os pássaros
“Tito e os pássaros”, de Gustavo Steinberg, André Catoto e Gabriel Bitar (2018)
Exibido em diversos Festivais internacionais e pré selecionado para a categoria para o Oscar 2019, não tendo infelizmente sido selecionado para os 5 finalistas, “ Tito e os pássaros” tem traços belíssimos que se assemelham ao uso de aquarela, uma técnica muito semelhante ao do filme japonês “ O conto da Princesa Kaguya”, que levou anos para ser desenhado.
O filme é uma alegoria sobre o medo, um sentimento muito apropriado e próximo da população brasileira. Nessa soma de todos os medos, surge um surto que se divide em 4 estágios, sendo que na final, o ser humano se transforma em pedra.
Tito, um menino de 10 anos, sua amiga e Buiu se juntam para tentar descobrir a cura, usando uma máquina que o pai de Tito, o cientista Rufus, expulso de casa pela mãe de Tito criou. A máquina se utiliza do canto dos pombos, mas está faltando algo para fazer a máquina funcionar e tirar o medo das pessoas.
Com um roteiro singelo mas eficiente, o filme tem nos traços, na fotografia e na extraordinária trilha sonora, de Gustavo Kurlatt e Rubem Feffer, os seus pontos altos.
Talvez o filme assuste os pequeninos pela sua atmosfera sombria e escura e pelo clima de pesadelo, mas merece ser visto pelas suas altas qualidades técnicas.
Ótima dublagem dos veteranos Denise Fraga, Mateus Solano, Matheus Nachtergaele e Otávio Augusto, junto das vozes infantis muito bem articuladas e expressivas.
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