domingo, 24 de fevereiro de 2019

Sergei Sir Gay

"Sergei Sir Gay”, de Mark Rappaport (2016) O cineasta independente americano Mark Rappaport faz uma excelente tese sobre o homoerotismo na filmografia de Sergei Einseisnten, um dos maiores Cineastas russas da história do cinema. Rappaport começa o filme apresentando inúmeras ilustrações feitas pelo próprio Eisenteisn quando adolescente, e ele assinada os desenhos como ‘Sir Gay”. São desenhos pornográficos, mostrando homens fazendo sexo em situações de fetiche extremo. Logo, o cineasta faz uma comparação entre essas ilustrações e cenas icônicas dos filmes de Eisentein: “O encouraçado Potenkin”, “Que Viva Mexico”, “Ivan, o terrível”, “Greve”, entre outros. Os homens são sempre apresentados desnudos ou com roupas rasgadas, corpos musculosos, viris. Depois são apresentadas comparações com a figura de São Sebastião, imagem que Eiseinteisn tinha como fetiche e que ele performou em quase todos os seus filmes. Também temos imagens de sadomasoquismo, bondage, com personagens dos filmes sendo amarrados com cordas e dependendo o ponto de vista, sentindo prazer através da dor. Mas o melhor do documentário está em seu terço final. O filme apresenta inúmeros cineastas gays que escalaram seus amantes em seus filmes e os tornaram ícones do cinema: Jean Cocteau com o seu ator fetiche Jean Marais; Fassbinder e seus vários amantes negros; Visconti com Massimo Girotti, Alain Delon e Helmut Berger, que receberam closes homoeróticos sem seus filmes; e finalmente, Eisenteisn, que escalou 2 de seus amantes: “Grisha” Alexander Grigorov e Sacha. O fetiche de Eisenteisn por eles era tanto, que escalou os 2 para papéis fundamentais em ‘O encouraçado Potenkin”: Grisha era o capitão, e Sacha o líder dos grevistas. Na cena onde os dois duelam, Eisenteisn dizia que se imaginava no meio dos dois, e que desejava ser disputado pelos dois. O filme também fala do período em que v filmou no México nos anos 30, onde realizou ‘Que Viva México”. Ali, ele teve experiências homossexuais com jovens nativos, retratado no documentário ficcional de Peter Greenaway, “Que Viva Eiseinstein: os 10 dias que abalaram o México”.

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