domingo, 17 de fevereiro de 2019
St Agatha
"St Agatha", de Darren Lynn Bousman (2018)
Existe um sub-gênero dentro do filme de terror que os críticos chamam de "Nunexploitation", ou seja, a exploração da imagem das freiras, geralmente associadas como servas do Mal. Recentemente tivemos o terror 'A freira", e por causa de seu sucesso, surgiram várias cópias, querendo papar um pouco da grana.
Em "St Agatha", o diretor Darren Lynn Bousman, responsável pela franquia "Jogos mortais"( menos o original, que é do Mago de Hollywood, James Wan) conta a história de Mary, uma jovem que vive na conservadora cidade americana de Georgia, em 1957. Ela engravidou fora do casamento de seu namorado, e na noite do sexo, seu irmão pequeno morreu na banheira. O Pai de Mary a pune, e a leva para se internar em um misterioso convento, destinado a mães que engravidaram de relações não matrimoniais. Mary logo percebe que o lugar é destinado para algo aterrorizante, governado por uma malvada Madre superiora.
O filme cumpre o que promete: entreter, dando um ou outro sustinho. As freiras são as mais óbvias e caricatas possíveis, a Madre superiora parece uma oficial da SS Nazista de tão malvada que ela é. O que me irritou, foi a trilha sonora, que se apropria do score de "O bebê de Rosemary": hoje em dia, qualquer filme de terror que envolve grávidas, os compositores colocam a famigerada canção de ninar no coro da música.
Interessante também que o elenco é majoritariamente feminino, dando força às interpretações de atrizes que atuam em papéis unidimensionais, caricatas, mas eficientes dentro do padrão do que o público espera.
A direção investe em algumas cenas de gore, como a da jovem que é obrigada a cortar sua língua. Darren Lynn Bousman sabe criar cenas de aflição. Mas tivesse 20 minutos a menos, o filme teria sido mais interessante e com menos sensação de uma enorme barriga.
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