sábado, 23 de fevereiro de 2019
Free Solo
"Free Solo", de Jimmy Chin e Elizabeth Chai Vasarhelyi (2018)
Indicado ao Oscar 2019 de Melhor documentário, esse super premiado filme, ganhou também o Bafta de melhor documentário. Os seus últimos 25 minutos serão definitivamente, os seus momentos mais angustiantes já vividos em um filme. A gente já sabe como o filme acaba, mas mesmo assim, é impossível não se deixar impressionar pela grandiloquência da Montanha “El Captain”, localizada no Parque Yosemite, na Califórnia. ‘El Captain” tem 910 metros de altura, e é muito procurado pelos alpinistas para escalação.
O protagonista do filme, o alpinista americano Alex Honnold, de 33 anos, se tornou o primeiro homem a escalar a montanha na modalidade “free solo”, ou seja, usando apenas pés e mãos, sem uso de equipamentos para escalação.
O filme apresenta Alex e sua motivação em esportes radicais. Quando ele decidiu escalar via Free solo, todo mundo foi contra: sua namorada, Sinni, também alpinista. Seus amigos e também profissionais. Outros já tentaram e morreram. O filme apresenta um clip assustador, de alpinistas que morreram ao redor do mundo escalando montanhas. O filme é de fato, um ode a esses verdadeiros super heróis, que desafiam a morte para alcançar um objetivo.
“Eu tenho as mesmas esperanças de sobrevivência de todo mundo. Só aceito mais fácil que vou morrer em algum momento.”. Come essa frase, Arnold silencia a todos que querem entender o porquê de sua ato praticamente suicida.
O filme apresenta a família de Alex, e como a morte de seu pai o afetou bastante. Há quase 10 anos, Alex mora dentro de uma van, em um estilo de vida totalmente solitário. Para poder conviver com o esporte, Alex alega que quanto menos pessoas envolvidas, melhor, pois uma relação de amor ou amizade acaba influenciando nas decisões que ele toma. Mesmo assim, ele conhecer Sinni, uma alpinista, e o casal se mostra o tempo todo extremamente apaixonado. Mas Alex tem o esporte como foco principal.
O filme lembra o oscarizado “O equilibrista”, sobre Philippe Petit, o homem que ilegalmente, atravessou as Torres gêmeas em 1974. A diferença é que aqui, a equipe de filmagem usa equipamento de última geração, filmando ao vivo. Ou seja, tudo pode acontecer, até mesmo Alex cair e morrer. A equipe precisa estar preparada emocionalmente para um resultado fatal. É emocionante o relato de um dos câmeras, dizendo que a presença da equipe e de câmeras influencia na escalada de Alex, e que se ele se distrair com qualquer barulho ou movimento, pode cair. A equipe fica tão u mais tensa que Alex. Um outro câmera, filmando a escalada em teleobjetiva, diz que nunca mais filmará nada parecido, que não tem estrutura psicológica para isso.
De fato, as tomadas do filme são inéditas em termos cinematográficos. No filme “Missão impossível”, tudo era digital. Aqui é a vida rel. É tenso.
A escalada aconteceu no dia 3 de junho de 2017 e levou 3:50 para cumprir a meta.
Alex é uma pessoa extremamente carismática, e a gente fica torcendo de verdade para que tudo dê certo, ou até mesmo, que ele desista de seu feito.
A trilha sonora é um elogio à parte: é das mais lindas e emocionantes que já ouvi, pena que não foi indicada.
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