sábado, 23 de fevereiro de 2019
O Rio era um homem
"Der Fluss war einst ein Mensch ", de Jan Zabeil (2011)
Drama alemão, vencedor de prêmios importantes, como Melhor filme em San Sebastian, foi escrito pelo diretor em conjunto com o protagonista, Alexander Fehling. Segundo consta, o filme não tinha um roteiro, e as filmagens seguiam de acordo com a percepção de ambos.
O filme tem um tom de fábula existencialista e metafórica em relação ao domínio do homem branco europeu sobre o continente africano. Alexander Fehling interpreta um ator alemão que faz uma expedição solitária em Botswana, acompanhado de um guia local já idoso. O guia o leva sozinho pelo rio, em uma região deserta e inóspita, longe da civilização. Durante a noite o guia morre, e o jovem ator se encontra perdido em um local sem acesso a nada, totalmente distante de tudo. Para piorar, ao chegar a um pequeno vilarejo primitivo, ele descobre que um dos jovens é filho do guia morto, e que esse acredita que o pai foi morto pelo ator.
Com ritmo extremamente lento, o filme é quase um documentário etnocentrico sobre o País africano e seus costumes primitivos. Parece um filme produzido pela National geographic. Surpreende o filme ter ganho tantos prêmios. Talvez o que valha a pena, é assistir a performance de Alexander Fehling, que atua 70% do filme sozinho, lutando contra a natureza e contra a solidão e o desespero de estar longe de sua civilização.
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