terça-feira, 19 de fevereiro de 2019
Grass
"Grass", de Hong Sang-soo (2018)
Exibido em Competição no Festival de Berlim 2018, "Grass" é dirigido e escrito por Hong San Soo, o mais prolífico cineasta sul coreano em atividade, produzindo uma média de 3 longas por ano, todos naquele esquema que qualquer espectador do cineasta já conhece: poucos personagens, mais da metade do filme acontecendo dentro de um bar com os personagens bebendo; planos-sequência longos, sem cortes, e com uso de zooms constantes para aproximar algum detalhe ou o rosto do ator. Seus filmes são baratos, rodados em poucos dias. O mais curioso, é que seus filmes são disputados por prestigiados Festivais mundo afora, e mesmo sendo repetitivos em sua forma e conteúdo, parecem não cansar os apreciadores do bom cinema.
Confesso que gosto da filmografia de Sang Soo. Mas esse "Grass" definitivamente, é dos que menos gosto, senão o pior.
Quase todo o filme acontece dentro de um Café bar, às vezes a câmera sai e faz um registro do lado de fora, onde há uma rua estreita. Rodado em preto e branco, o filme acompanha uma mulher, interpretada pela mulher do cineasta, Kim Min-hee (sua atriz fetiche de seus últimos filmes) , que passa tardes sentada no bar e escrevendo em seu computador. O que ela escreve? Aquilo que ela testemunha no bar: discussões entre casais, com temas que variam entre morte, suicídio, traições. Min Hee imagina sempre o que acontece depois dessas discussões, quando ela não os presencia mais.
De novo lidando com personagens que vivem o ambiente de cinema( Atores, roteiristas), Hong San Soo mostra a rotina dos relacionamentos vistos pelo olhar de uma estranha, e que tem o poder de transformar suas histórias. Pena que o filme tenha ficado tão sem atrativos. Tudo é bem chato aqui, e olha que o filme tem pouco mais de 1 hora de duração.
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