sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

A mula

"The mule", de Clint Eastwood (2018) O jornal New York Times publicou um artigo sobre um ex-veterano de guerra do Vietnã, desempregado aos 90 anos, Leo Sharp, que se tornou mula de um cartel mexicano e ficou conhecido como o homem mais velho a praticar a profissão de mula. No filme, o personagem se chama Earl Stone e mora na conservadora cidade de Illinois: negros e latinos são mal vistos pela população majoritariamente branca. Earl é um ex combatente que tem uma plantação de lírios, de onde ontem seu sustento e de sua família. Mas Earl é um homem das antigas, não se atualizou com a internet nem com os hábitos e costumes que mudaram com o tempo. Ao passar dos anos, Earl perde seu espaço e fica desempregado. Ele acaba sendo procurado por um cartel pelo simples fato de ter viajado por todos os Estados Unidos sem nunca ter recebido uma multa. Querendo ajudar sua família e seus amigos financeiramente, Earl aceita o trabalho. Mas o Fbi, comandado por Bradley Cooper, Michael Pena e Laurence Fishburne estão no encalço da Mula que tem transportado drogas pelo Pais, sem se darem conta de quem é essa pessoa. A crítica como um todo elogiou bastante o filme. É um filme de Clint Eastwood: correto, com protagonista forte que percorre um mundo injusto querendo conserta-lo ao seu modo. Não acho seu melhor filme, é um bom filme, com elenco de peso ( mais Dianne Wiest) mas com um ritmo burocrático. Toda a parte técnica é digna de nota. Algumas pessoas podem ficar incomodadas com esse olhar conservador do personagem em relação aos negros e latinos, mas essa é a América do Governo Trump.

Um comentário:

  1. Cara sou de João Pessoa - PB e adoro esse blog, leio todos seus comentários, já vi muita pérola por sua causa! Parabéns pela iniciativa!

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