quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
Calmaria
"Serenity", de Steven Knight (2018)
“Calmaria” é um filme estranho, que mistura muitos gêneros e que toda parece algum filme ou seriado. Parece “Black mirror”, parece “O Show de Truman”, parece “Corpos ardentes”. É drama, é romance, é fantasia e é filme noir de suspense. Com tanta mistura, o filme acaba ficando sem muita personalidade, o que é uma pena. Com um elenco poderoso que vai de Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Jason Clarke, Djimon Hounsou e Diane Lane ( esses 2 últimos desperdiçados em personagens esquemáticos e sem vida), “Calmaria” foi dirigido pelo Diretor inglês Steven Knight, que dirigiu os ótimos “Locke” e “Coisas sujas e belas”, além de ser o roteirista de “Senhores do crime”, um dos melhores filmes de David Cronemberg.
Baker (Matthew McConaughey) é um guia turístico de uma Ilha paradisíaca em Plymouth. Ele leva turistas de barco para o alto-mar, na missão de pesar o maior atum da região, conhecido como “Justice”. Um dia, sua ex-mulher, Karen (Hathaway) surge, fazendo um estranho pedido: que Baker mate seu marido, que por anos tem praticado atos de viol6encia doméstica contra ela. Baker está com dívidas e por isso, entra em um conflito, se deve aceitar ou não a missão. Quando ele descobre que seu filho Patrick também sofre abusos, Baker resolve botar o plano em atividade.
Steven Knight, que também escreveu o roteiro, além de todas as referências que dei acima, também quer surpreender o espectador com uma reviravolta à la Shamayalan. Quando essa revelação vem, a gente fica com o pensamento tipo: “que filme doido!”!!! De fato, muitos ácidos foram tomados por Steven, mas enfim, melhor embarcar na história e seguir adiante.
Tivesse tido uma condução mais interessante, talvez o filme tivesse ficado melhor. Investir mais em suspense, ou ter um vilão e fato mais brutal. A verdade é que no final, fica uma sensação estranha, quando o adolescente Patrick toma uma certa atitude. Final feliz a qualquer custo, mesmo que em situação moralmente polêmica. Os atores fazem o que podem, mas parecem estar todos no automático, o que pensando bem, faz até sentido.
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