"Vale night", de Luís Pinheiro (2021)
O cineasta Luís Pinheiro dirigiu a comédia "Mulheres alteradas" e a ação "A garota da moto", e agora em "Vale night", ele mescla os gêneros, realizado um filme com uma busca estética que valoriza a câmera e os planos-sequências virtuosos. Trazendo vários filmes como referência, principalmente "After hours", o roteiro acontece durante 24 horas na vida dos personagens, envoltos com o desaparecimento do bebê do jovem casal Vini (Pedro Ottoni) e sua esposa, Daiana (Gabriela Dias), 18 anos e que por conta do nascimento do bebê teve que largar os estudos. Mas quando Daiana vai passar o fim de semana com sua mãe (Tia Má) e avó (Neusa Borges), Vini aproveita para dançar um funk, até que descobre que o bebê sumiu. Com ajuda de Linguinha (Yuri Marçal) e Dj Pulga (Lynna da Quebrada), Vini encontra muitas confusões e personagens que cruzam a noite da periferia paulistana.
O filme tem momentos divertidos e trata de temas sociais bastante importantes e relevantes, como a evasão escolar de jovens meninas da periferia por conta da gravidez. Mas o roteiro é costurado de forma a forçar encontros que primam pela coincidência, e um deles é totalmente deus ex-machina, e como dizem os americanos, o espectador precisa ligar o "Suspension of desbelief". Mas pela importância do tema e pela diversidade de gêneros que o elenco promove, vale super ser assistido.
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