"The exorcism of God", de Alejandro Hidalgo (2021)
Terror em co-produção México, Venezuela e Estados Unidos, "Exorcismo sagrado" busca o tempo todo pegar referências de "O Exorcista", de Willian Friedkin, inclusive copiando as mesmas cenas, como a chegada do padre na casa da possuída. Mas curiosamente, o filme tem elementos visuais e de narrativa que lembram outros clássicos do terror, como "A profecia" e "Demons, os filhos das trevas", de Lamberto Bava, com sua maquiagem trash e zumbis tosqueiras.
"Que lugar é esse, Padre?- Uma prisão do terceiro mundo- Eu não sei se devo espalhar água benta ou alvejante.". Essa frase proferida por um dos padres denota o tipo de humor ácido que surge espontaneamente no filme, fazendo graça aonde não deveria ter. A história é interessante: O padre Peter Williams (Will Beinbrink) está no México em uma região pobre. Ele luta pela causa dos pobres. e é bastante ativo entre a população. Ele é acionado para um exorcismo, no entanto, ele ainda não está preparado para tal missão. Temendo pela morte da possuída, ele aceita fazer o exorcismo, mas a sedução do demônio Balban acarreta uma ação violenta que culminará em uma brecha de tempo de 18 anos depois. O padre agora trabalha no campo com os sem terra mas é chamado para um novo exorcismo: uma jovem de 18 anos está na prisão e necessita da ajuda dele. É a sua chance de se redimir de seus atos passados.
O filme é corajoso quando fala metaforicamente sobre os abusos sexuais dos padres, só que aqui, o demônio é literal, mas fica fácil entender a simbologia. O final também lembra bastante "A profecia". O filme muitas vezes parece um filme bastante tosco, um filme B trash, e para o meu gosto, acho até divertido. O que atrapalha são os excessos de diálogos e ritmo. A cena de Cristo crucificado virando um demônio é realmente polêmica e corajosa, pois rompe de vez com um simbolo católico de forma bizarra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário