"Historia de lo oculto", de Cristian Ponce (2021)
Complexa e hermética história que mescla drama, terror em clima de paranóia e conspiração, escrita e dirigida pelo cineasta argentino Cristian Ponce. O filme foi apresentado no Festival de Cannes e concorreu em Sitges e Mar del plata. O filme é em preto e branco, com cenas chaves em cores, e mistura as janelas 4:3 e 2:35, de acordo com a narrativa. Claramente uma metáfora sobre a situação política argentina dos anos 80, e como nos dias de hoje ainda se vive em uma espécie de loop do tempo, onde nada na política mudou.
Um famoso programa de tv chamado “60 Minutos para a meia-noite” está prestes a acabar, por ser considerado uma farsa e ter perdido todos os seus patrocinadores. Para a última emissão, numa tentativa de conseguir o sucesso novamente, surge um caso no mínimo suspeito: Adrián Marcato, dono de uma das empresas mais importantes do país, é associado a rituais satânicos e suspeito de ter ensinado bruxaria ao presidente do governo. O programa, que avança esta informação em primeiro mão, procura apenas uma confirmação, mas para isso restam apenas sessenta minutos. A equipe de produção procura entender o que Marcato irá dizer ao vivo, mas eles próprios passam por terríveis experiências, ao tomarem uma raiz oferecida por Marcato.
Difícil falar sobre o filme, quando se é leigo em política argentina ou sobre a literatura de Lovecraft, autor a quem o filme faz menção. Para assistir ao filme sem essas referências, fica algo que vai na linha de um 'Alem da imaginação" misturado com algum chá de Ayuaska, uma doideira que culmina em um desfecho que me frustou bastante, até porque não ficou muito claro.
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