“Freaks out”, de Gabriele Mainetti (2021)
Vencedor de impressionantes 10 prêmios em mostra paralela no Festival de Veneza, mas também concorrendo na Mostra official, “Freaks out” é um ousado híbrido italiano de “X-men”, “Quarteto fantástico”, “Wanda vision” e “Star wars” com a estética de Tim Burton e Guillhermo del Toro, grandes referências para o roteiro co-escrito pelo cineasta.
A história se passa em Roma, 1943. Um grupo de 4 artistas de circo trabalham para o dono do espetáculo, Israel. Quando os nazistas avançam sobre Roma, o circo é destruído, Israel preso por seu judeu. Os 4 amigos fogem, decididos a encontrar o paradeiro de Israel. Matilde tem o poder de manipular a eletricidade, como Wanda vision. Cencio (Pietro Castelitto, ator e cineasta) tem o poder de controlar os insetos; Mario, um portador de nanismo que tem o poder da telecinese e Fulcio, um homem peludo , uma homenagem do filme a Chewbacca, de “Star Wars:. Mas eles não contavam com a presença de Franz (Franz Rogowski
, mega astro alemão), um oficial nazista que tem o poder de ver o futuro quando cheira éter. Ele sabe que os alemães perderão a guerra e que Hitler se matará, e para evitar isso, ele deseja sequestrar os 4 mutantes e transformá-los em armas que ele unificará ao exército nazista.
O filme é muito interessante, pipocão de respeito, e impressiona pela qualidade técnica dos efeitos, em se tratando de um blockbuster italiano. A trilha, a fotografia, desenho de produção, tudo funciona, além do carisma do elenco. Mesmo assim, não é um filme para crianças: é violento, tem gore e o Mario passa o filme todo se masturbando. Talvez o maior defeito do filme seja a sua duração, quase 150 minutos, o que é desnecessário, por conta de tantas sub-tramas e vai e vem na história.
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