domingo, 20 de março de 2022

Nr 10


 "Nr 10", de Alex van Warmerdam (2021)

CO-produção da Holanda e Bélgica, "Nr 10" é dirigido pelo mesmo realizador do instigante "Borgman". Em "No 10". Warmerdam deixa em aberto o significado do título, mas que pode se referir à quantidade de filmes que ele já dirigiu, sendo esse seu 10o filme.

O filme intrigou todo mundo por conta de, no meio da narrativa, o roteiro dá uma guinada radical na história e muda de gênero. Nem dá para contar muito sobre esse 2o ato pois configurará spoiler. Essa aposta em mudança de gênero já foi visto em filmes como "Mal dos trópicos", de Apitchapong, que começa como um romance gay e segue para uma fantasia surrealista e mágica no meio de uma floresta. "Nr 10" segue essa linha corajosa de narrativa, deixando o espectador entregue a um jogo de "amar ou odiar' o que estiver vendo em cena.
Günter (Tom Dewispelaere) é um ator de meia-idade ensaiando uma peça com um pequeno grupo de atores. Ele tem problemas com um ator do elenco, e também, está tendo um caso com a namorada do diretor da peça. No passado, Gunter foi encontrado em uma floresta alemã aos 4 anos de idade e entregue à adoção. Ele agora tem uma filha, Lizzy, que o apresenta ao novo namorado. Estranhamente, quando Gunter caminha em uma ponte, um homem lhe fala uma palavra intraduzível em seu ouvido, e isso tomará um rumo radical na vida dele.
Assisti até o último minuto do filme e assim que acaba, ficaram muitas dúvidas para mim, mas pelo visto o filme não se propõe a querer explicar mais do que já está sendo visto. Curioso, mas me pareceu uma brincadeira de cineasta rebelde que diz que quer sacanear seu espectador com algo inusitado. Mas valeu a provocação.

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