quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
QT8: Os primeiros 8 filmes de Quentin Tarantino
"QT8: The first eight", de Tara Wood (2019)
Absolutamente obrigatório documentário sobre os 21 anos de carreira de Quentin Tarantino, o mais influente Cineasta no mundo que surgiu nas últimas décadas, influenciando toda uma geração de Cineastas. Repleto de depoimento de atores, produtores, roteiristas, críticos de Cinema que obviamente, assim como toda uma geração de fãs, endeusam Tarantino. Desde quando trabalhou em uma locadora de vídeos assistindo a todos os tipos de filme, até o início como roteirista, escrevendo os roteiros de "Assassinos por natureza", Amor à queima roupa"e depois, seu primeiro filme, Cães de aluguel".
Ouvir atores falando sobre o processo de direção de atore,s improvisos, e o quanto Tarantino exige da dedicação de todos, é formidável, e também, nos faz questionar sobre o milite entre o Diretor e o trabalho do Ator. O filme apresenta a cena de bastidores em Kill Bill" quando Tarantino obrigou Uma Thurman a dirigir um carro em alta velocidade sem uso de dublês e o acidente que ela sofreu. Segundo Tarantino, foi um dos maiores arrependimentos de sua vida. Diane Kruger também fala de seu enforcamento em "Bastardos inglórios", mas defende Tarantino.
Protagonismo feminino e de negros é um dos pontos relevantes do documentário. Muitos atores e críticos elogiam o lugar que Tarantino os coloca, mesmo que muita gente critique a violência nos filmes.
O filme também apresenta o estilo único de Tarantino filmar: não usa video assist, olha tudo ao vivo, sem o olhar da câmera; como ele convence a todos os atores a filmar mais um take, seu jeito divertido e descontraído de manter a alegria no set; sua relação com a equipe.
O filme reserva um capítulo especial sobre Harvey Weinstein, que produziu todos os seus filmes durante 25 anos de amizade profissional e pessoal. Acusado de assédio sexual em 2017, Tarantino diz que teve sue coração destroçado ao saber dos processos. Em seu 9o filme, "Era uma vez em Hollywood", Tarantino experimenta pela 1a vez a produção da Sony, sem a presença de Harvey.
Impossível não querer rever a todos os filmes de Tarantino após a descrição de cada um deles, em capítulos, principalmente "Jackie Brown", um filme menos celebrado de Tarantino, mas comentado de forma tão apaixonada por todos, que provavelmente as pessoas terão um outro olhar sobre o filme. Ouvir também as pessoas falando sobre a revolução narrativa em "Pulp fiction", que foi matar o protagonista no meio do filme e "ressuscitá-lo por meio da edição" é de fazer chorar.
O filme é uma Aula de cinema, simplesmente assim. Assistam, é indispensável.
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