terça-feira, 24 de dezembro de 2019
A hora do pesadelo 2: A vingança de Freddy
"A nightmare on Elm Street 2: Freddy's revenge", de Jack Sholder (1985)
Rever essa arte 2 da franquia de Freddy Kruegger após ler várias matérias que o consideram o filme de terror mais gay da história do cinema, é uma verdadeira diversão. O roteirista David Chaskin escreveu uma história onde na metáfora, fala sobre os medos do protagonista em revelar ao mundo que é gay. O filme é repleto de mensagens subliminares do universo LGBTQI+, e o protagonista, o ator Mark Patton, teve sua carreira destruída depois do filme. explica-se: Mark Patton estava começando a sua carreira e disputou o protagonista com Brad Pitt e outros galãs na época. Todos queriam repetir o sucesso de Johny Depp, que fez o primeiro filme em 1984 e depois teve a carreira alavancada. Hoje em dia, Mark Patton é assumidamente gay, mas na época, os produtores o obrigaram a se manter dentro do armário. Acontece que o personagem do filme, Jesse Walsh, foi escrito pelo roteirista Davd Chaskin como sendo um rapaz que luta contra a sa homossexualidade. Quando Fredy Krugger resolve tomar conta de seu corpo, é como se seu lado masculino estivesse entrando em crise com sua persona fragilizada. Jesse não consegue assumir seu namoro com Lida, e para piorar, está nitidamente sentindo mais atração pelo seu melhor amigo, Gary. O filme é repleto de cenas onde os rapazes estão semi-nus, suados, em cenas de nudez no vestiário. O professor de educação física do colégio fica dando em cima dos rapazes, frequenta um leather bar e obriga Jesse a se despir para transar com ele no colégio. O professor caba sendo morto por Freddy com táticas masoquistas: chicotadas e as famosas navalhadas da mão de Freddy. Outro elemento do filme que queimou a carreira de Mark Patton são os seus famosos gritos estridentes, o que lhe deram a alcunha de "Scream Queen", e a famosa cena dele dançando eroticamente em sue quarto. E o que dizer dele acordando de manhã, todo suado, cueca branca e ajeitando seu pênis na cueca? Mais um elemento que corrobora os elementos gays no filme: no poster do filme, está a seguinte frase: "O homem de seus sonhos está de volta".
É rever o filme e se divertir bastante. Se puder, assista ao excelente documentário 'Scream Queen: My nightmare on Elm Street", mostrando o ator Mark Patton hoje em dia, viajando os Estados Unidos em convenções de filmes de terror e explicando como o filme mudou sua vida, expondo os horrores de ser um ator gay em Hollywood. Quando o filme foi lançado, em 1985, a Aids estava no auge, dizimando principalmente a população gay no mundo. O filme foi a metáfora perfeita para o roteirista David Chasskin expôr o grande terror que era assumir a homossexualidade e confrontar a homofobia que imperava na sociedade.
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