terça-feira, 17 de dezembro de 2019
E então nós dançamos
"And then we danced", de Levan Akin (2019)
Concorrendo em importantes Festivais, entre eles Cannes, "E então nós dançamos" ganhou inúmeros prêmios mundo afora. O filme é um drama LGBTQI+ co-produzido pela Geórgia e Suécia: Levan Akin nasceu na Suécia, mas sua família é da Geórgia, um País que se tornou independente da União Soviética mas que se vangloria de não possuir homossexuais. O roteirista e cineasta Levan Akin resolveu filmar essa delicada e triste história ao testemunhar vários atos de homofobia no país. Escalando não atores para os papéis principais, o filme foi escolhido pela Suécia para representar o País na final do Oscar de filme estrangeiro 2020.
Desde criança integrante do famoso grupo de dança folclórica National Georgian Ensemble, Mareb (Levan Gelbakhiani, excelente) mora com sua família em um bairro pobre. Estudando dança de dia e trabalhando de noite como garçon, Mareb sonha fazer parte de uma audição que levará os melhores bailarinos para fazer um tour. Um dia, surge Irakli, um dançarino que veio fazer uma substituição. Mareb se sente ameaçado pelo talento de Irakli. Os ciúmes dão lugar à paixão platônica e logo, ambos se apaixonam. Mas a homofobia existente na sociedade e dentro do grupo fará com que tudo acabe em tragédia.
COm bela direção, o filme apresenta lindas cenas de dança e uma trilha sonora eclética, composta inclusive de Abba, um ícone do universo Lgbtqi+. O filme é uma boa oportunidade de se conhecer o cinema da Geórgia, escasso, e também, de revelar ao mundo um Pais pobre e conservador, mas que ainda luta pelos direitos de igualdade de gêneros. O filme é longo e lento, mas a densidade da história, importante e oportuna faz valer a pena ser assistido.
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