sexta-feira, 21 de outubro de 2016
The paradise suite
"The paradise suite", de Joost van Ginkel (2015)
Indicado pela Holanda para concorrer a uma vaga no Oscar de filme estrangeiro de 2016, "The paradise suite" repete a estrutura narrativa de "Crash", de Paul Higgins, inclusive na temática. Em tom de extrema melancolia e profunda depressão, acompanhamos a história de 5 diferentes pessoas, todas estrangeiras em Armsterdã. As histórias vão se entrecruzando ( o famoso Filme painel criado por Robert Altman), todas em torno de tragédias humanas.
- Jenya é uma jovem de Sofia, que vai trabalhar como modelo em Armsterdã e descobre que a agência é fachada para a prostituição de luxo
- Yaya é um africano que tenta ajudar uma imigrante vizinha ao seu apto que corre o risco de ser expulsa por falta de pagamento, e por conta disso acaba se metendo em negócio escuso
- Lukas é um menino filho de um pianista famoso, que está na cidade para um concerto. Ele sofre bullying na escola e seu pai não tem tempo para ele
- Seka é uma Sérvia que veio para Armsterdã em busca de vingança: ela quer matar o homem que tirou a vida de seu filho durante a Guerra em seu País
- Ivica é um dedicado pai de família, mas descobrimos que ele é um violento cafetão que tem um negócio de tráfico de escravas brancas para prostituição
A grande força do filme são as atuações, homogêneas e todas ótimas. Os atores que interpretam Senya e Yaya receberam prêmios em vários Festivais.
A direção é muito competente ao trabalhar bem os atores, e dando unidade às histórias. O problema do filme está no roteiro: são tantas histórias e em casa dela, outras histórias, que fica difícil se aprofundar no drama dos personagens. Acaba ficando apenas exposições breves sobre a vida de cada um. Por exemplo, a história de Seka é a mais prejudicada, e quando se resolve, acaba se atropelando na rapidez com que o filme quer resolver o desfecho de sua personagem.
A duração também é longa para comportar tantas histórias, e o filme acaba ficando cansativo de se assistir.
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