sexta-feira, 7 de outubro de 2016
A chegada
"Arrival", de Denis Villeneuve (2016)
Se prepare para uma experiência sensorial e catártica ao final de "A chegada". Antes que você se deixe enganar pelo trailer do filme, que vende um filme diferente do que é visto: é um belíssimo filme, mais focado no drama dos personagens, do que na ficção científica em si. Não é uma releitura de "Independence day". É um filme que fala sobre a disputa entre a ciência e a razão, através da personagem de Amy Adams, Dra Louise. Louise é uma linguista, professora de uma Universidade. Um dia, ela descobre que 12 naves espaciais se espalharam pelo planeta terra. Mediante o temor da população e do governo que essa invasão irá culminar em um ataque, ela é convocada pelo exército para fazer parte de um time de elite para entrar em uma das naves e tentar se comunicar com os alienígenas. Junto do Dr Ian, um cientista (Jeremy Renner), eles procuram saber o real motivo dos visitantes.
O roteiro, primoroso e engenhoso, merece e deve ser visto e revisto para melhor entendimento. É uma história bastante complexa. Os vai e vens no tempo são bem astuciosos, e no desfecho, o susto do espectador é compreensível. A direção e a edição do filme criam uma atmosfera bastante envolvente, através de um ritmo lento para um filme que se supunha de ação, e que na verdade, é um drama bem melancólico. Por conta disso, e das várias referências visuais, me lembrei bastante de "A árvore da vida", de Terrence Malick, e de "Interstellar", de Cristopher Nolan, ao abordar a questão do tempo e da comunicação.
Os efeitos são excelente. e a trilha sonora angustiante. O prólogo do filme é de uma beleza estonteante, narrando um trecho da vida da Dra Louise que irá acarretar uma mudança em sua vida.
É um filme que deve ser apreciado com bastante paciência, pois o resultado final será bastante surpreendente. Amy Adams está brilhante no papel da protagonista, repleta de conflitos e tristezas, atuando em formato minimalista. Quero rever para poder repensar vários pontos do filme.
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